O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é uma condição clínica crônica e incapacitante que, em sua maioria, se inicia nas fases da infância e da adolescência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TOC está entre as dez situações clínica mais incapacitantes do mundo.

Conforme dados levantados, mais de 50 milhões de indivíduos possuem TOC, acarretando em gastos anuais para a saúde em torno de US$8 bilhões. Delimitado como o quarto transtorno mental mais comum entre as pessoas, ele perde apenas para as fobias, a depressão, o uso abusivo e a dependência de substâncias químicas e tóxicas. 

Apesar de ser descrito como entidade única, seja pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quanto pela Classificação Internacional de Doenças, estudos reforçam a hipótese de que o TOC é um transtorno heterogêneo.

Investigação epidemiológica

Torres e Lima (2005) destacam que a investigação epidemiológica é crucial a psiquiatria, já que as amostras clínicas tendem a apresentar vieses de seleção. Ainda que se tenha ofertas adequadas na saúde, múltiplos fatores podem ocasionar na interferência pela busca por tratamento, sejam aspectos sociodemográficos até os interligados às condições mórbidas.

Os estudos populacionais permitem com que seja possível descrever com que frequência e de que forma se dão os transtornos na comunidade, além de analisar as suas histórias e identificar possíveis fatores de risco, auxiliando na avaliação da necessidade de serviços de saúde. 

O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) costuma ser um quadro secreto, decorrente de sua habitual preservação da crítica e a consequente vergonha do portador em relação aos sintomas. Nesse caso, alguns sabem que há um tratamento e outros escondem os sinais até mesmo dos familiares. Em suma, como menciona Torres e Lima (2005), estudos clínicos apresentam que tarda em média de 6 a 17 anos para irem a procura de tratamento adequado ao problema. 

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Referências:

MIRANDA, Mônica Carolina. Neuropsicologia do desenvolvimento: transtornos do neurodesenvolvimento / Mônica Carolina Miranda, Mauro Muszkat, Claudia Berlim de Mello. - Rio de Janeiro: Rubio, 2013.

Torres, Albina Rodrigues; Lima, Maria Cristina Pereira. Epidemiologia do transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão. Revista Brasileira de Psiquiatria. Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, v. 27, n. 3, p. 237-242, 2005. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/30886>. Acesso em: 25 jul. 2019.