Gestão do Estoque Farmacêutico

Gestão do Estoque Farmacêutico

O principal objetivo de qualquer estoque, seja ele farmacêutico, alimentício, vestuário etc. é garantir a disponibilidade de material para a comercialização, "ao mesmo tempo em que mantém nos níveis mais baixos possíveis os custos de estocagem, de encomenda e recebimento, de falta de estoque e os de obsolescência" (PINHEIRO, 2005).

Nesse contexto, além de controlar o estoque dos itens que possuem maior demanda em detrimento dos outros, faz necessário compreender a representatividade financeira de cada um deles. Para isso, utiliza-se o método ABC, que nada mais é do que classificar os itens justificando a atenção e tratamento adequado conforme a sua quantidade física e representatividade financeira. Assim sendo, o método ABC passa a ser uma ferramenta de gerência simplificada e de alta eficácia na classificação dos itens componentes do estoque, principalmente no que condiz a sua importância financeira.

No universo da globalização, com a proliferação e os avanços tecnológicos aumentou-se a demanda e a competitividade no ramo farmacêutico, o que acabou por exigir com que esse mercado se alinhasse ainda mais às novas regras do comércio no contexto nacional e mundial. Essa área de atividade tem, inclusive, demonstrado bastante rentabilidade, mesmo diante das turbulências no mercado econômico e financeiro, tudo isso devido o seu desempenho superior à média da rentabilidade da maioria das atividades de outros setores.

Com peculiaridades, o campo farmacêutico exige alto conhecimento técnico e normativo, decorrente do rigoroso controle e fiscalização por parte do poder público, o que exige profissionais farmacêuticos responsáveis pelos órgãos e empresas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), implementada pela Lei nº 9.782 (26/01/1999) sob regime de autarquia especial, controla e fiscaliza a atividade comercial farmacêutica. Assim sendo, todo estabelecimento comercial farmacêutico exige a devida autorização por parte do Ministério da Saúde.

Pinheiro (2005) destaca que um sistema de controle de estoque da atividade farmacêutica deve atender, no mínimo, as seguintes diretrizes relativas ao controle de estoque:

- cadastramento informatizado dos itens;
- fixação de um estoque mínimo por item;
- estabelecimento de quantidades pedidas por item;
- estabelecimento de pedidos fixos ou variáveis;
- classificação ABC de todos os itens do estoque.

A informatização também visa cadastrar os itens por campos que permitam gerar relatórios por meio de critérios definidos pelo usuário. Sendo os campos:

- código de classificação e prazo de validade;
- nome;
- data de entrada;
- quantidade de entrada;
- valor unitário de entrada;
- valor total de entrada;
- data de saída;
- quantidade de saída;
- valor unitário de saída; 
- valor total de saída;
- saldo em quantidade, em valor unitário e em valor total.

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Referências:

PINHEIRO, Antonio Cândido Machado. Gerenciamento de Estoque Farmacêutico. Revista Eletrônica de Contabilidade, v. 1, n. 3, mar-mai/2005. Disponível em: . Acesso em: 06 set. 2019.

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