Provas de compatibilidade de sangue

Provas de compatibilidade de sangue

A primeira transfusão sanguínea foi realizada em animais no século XVII, por Richard Lowoer, em Oxford. Desde então, vários profissionais testavam e tentaram efetuar transfusões de sangue, apenas em 1818, James Blundell realizou a primeira transfusão em mulheres com hemorragias pós-parto. Mas no final do século XIX, os cientistas continuaram a pesquisar sobre reações transfusionais e problemas com a coagulação sanguínea. A primeira transfusão precedida da realização de provas da compatibilidade foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber.

No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento do sistema ABO e da identificação do fator Rh, do emprego científico das coagulantes, do aperfeiçoamento da coleta e infusão e das contraindicações do sangue. Constatou-se que havia diferença no sangue dos seres humanos - esclarecendo as mortes que ocorriam após transfusões sanguíneas.

A incompatibilidade, antes recorrente, entre doador e receptor se dá pela reação imunológica entre as substâncias presentes no plasma sanguíneo e nas hemácias. Essa ação, por sua vez, se caracteriza como a aglutinação (aglomeração) das hemácias - que obstruirá, por conseguinte, os capilares. As porções do sangue que sofreram aglutinações a partir de determinados antígenos, nas hemácias, ficaram conhecidas como aglutinogênios (A e B) enquanto as substâncias aglutinadoras do plasma foram denominadas de aglutiminas (anti-A e anti-B).

Hoje em dia, são necessárias requisições, indicações, rotina após o início da transfusão e material específico. Além, é claro, de testes pré-transfusionais: são testes imunohematológicos feitos para selecionar o hemocomponente compatível, para de garantir uma transfusão segura. São eles: tipagem ABO direta e reserva e Rh(D) do receptor; presença de anticorpos irregulares do receptor; e a prova de compatibilidade maior. Este processo pode levar no mínimo 40 minutos. Com isso, documenta-se a urgência e a aceitação de um risco à transfusão antes que os testes de compatibilidade sejam finalizados.

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