A indústria de alimentos no Brasil tem se destacado perante o cenário mundial como uma grande produtora de frutos e hortaliças. No contexto frutífero, tanto das frutas tropicais quanto das subtropicais, encontra-se o mamão, a manga, o maracujá, o abacaxi, a banana, a goiaba, os citros e tantas outras mais. Nas hortaliças, seja para o consumo in natura ou para processamento contam o tomate, o alho, a cebola, o alface, a couve, o repolho,o agrião, a pimenta etc.

Segundo Santos (2015), o consumo dos vegetais frescos possui uma participação expressiva no volume comercializado, representando cerca de 60 a 70% do total da produção. Pensando na perspectiva da saúde e do bem-estar, esses alimentos também se sobressaem, pelo fato do seu consumo ser mais estimulado em diferentes países, mediante a preocupação com o combate às deficiências de vitaminas e sais minerais, além da prevenção a doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade.

A alteração das demandas pessoais e físicas para uma alimentação mais balanceada e saudável tem feito com que a sociedade moderna busque melhores métodos e disposição destas para as pessoas. Os progressos tecnológicos, em conjunto com a conveniência e praticidade que tem existido na hora de comprar e consumir frutas e hortaliças, tem elevado a demanda dos produtos, embora nem sempre tenha sido preparados para serem consumidos com segurança.

Nesse sentido, a indústria de alimentos constantemente vai em busca de inovações que possibilitem o aproveitamento e a elevação do nicho de mercado para alimentos relativamente conhecidos, sendo esse o caso das frutas tropicais. Além disso, necessita-se do desenvolvimento de métodos que conservem os alimentos por um período de tempo maior, preservando do melhor modo as suas características sensoriais e nutricionais, tendo em vista que, para levar as frutas e hortaliças a demais locais de maneira segura ao consumo é necessário o emprego de tecnologias adequadas de processamento (SANTOS, 2015).

Assim, é fundamental que se trabalhe com matéria-prima de boa qualidade e que estas sejam apropriadamente manuseadas. A qualidade dos produtos a serem processados advém do campo e, em grande parte, a partir de um bom manejo das culturas agrícolas. Porém, em muitos casos, visando o processamento de alimentos, não são executadas conforme as normas vigentes de segurança alimentar. Todo o processo, desde o tratamento realizado antes ao beneficiamento propriamente dito, influência na qualidade.

 "O processo de produção dos derivados de frutas e hortaliças passa por diversas etapas, como manejo, pós-colheita, seleção, lavagem, sanitização, corte, enxágue, descascamento, cocção, secagem, centrifugação, embalagem e armazenamento." Diante disso, caso todas as etapas sejam feitas de forma coerente, o resultado final será um produto sem microorganismos patogênicos ao ser humano e com ótimos atributos (SANTOS, 2015).

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Referências:

SANTOS, Yvana Maria Gomes dos. Contextualização sobre frutas e hortaliças. In: OLIVEIRA, Emanuel Neto Alves de; SANTOS, Dyego da Costa (org). Tecnologia e processamento de frutos e hortaliças. Natal : IFRN, 2015.