A Farmacovigilância e a Prática Clínica

A Farmacovigilância e a Prática Clínica

O uso efetivo de medicamentos e a assistência médica de qualidade exige um monitoramento da segurança de medicamentos, isso tudo com o intuito de transmitir segurança e confiança aos pacientes e profissionais da área de saúde. Com esse controle, é possível administrar os erros e promover a qualidade de vida das pessoas, tendo ciência da real necessidade de cada um. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), "a farmacovigilância é uma disciplina clínica por direito - ela contribui para a ética de segurança e serve como indicador dos padrões de assistência clínica praticados dentro de um país. Os profissionais da saúde estão em condições de fazer bom uso das experiências positivas e negativas de tratamento de seus pacientes para contribuir com a ciência médica e melhorar a compreensão das doenças e seus medicamentos".

Dentro desta prática existem três abordagens que podem contribuir para elevar a conscientização e o interesse pela segurança de medicamentos entre clínicos gerais e para cuidar de questões relacionadas à pesquisa. São elas: Educação, capacitação e acesso a informações confiáveis; a comunicação com os profissionais da saúde; relacionando descobertas clínicas com pesquisa e política.

1 - Educação, capacitação e acesso a informações confiáveis

Os famosos "efeitos colaterais" são denominados pelo senso comum as reações adversas dos medicamentos. Estudar sobre a extensão e a severidade das RAMs deveria iniciar ainda cedo na capacitação profissional. A boa monitorização da segurança dar ânimo aos profissionais da saúde assumirem responsabilidades mais completas pelos medicamentos que utilizam.

Para atingir algo próximo da prática esperada é necessário cuidado com a capacitação dos profissionais de saúde no que tange ao diagnóstico, gerenciamento e prevenção de RAMs. "Nem todos os sinais são tão específicos, dramáticos e prontamente diagnosticados como foram a focomelia e micromelia causadas pela talidomida. O reconhecimento de efeitos adversos menos óbvios requer atenção, agilidade, diagnóstico preciso e compreensão dos princípios da avaliação da causalidade".

2 - A comunicação com os profissionais da saúde

Outra estratégia a ser considerada para integrar a farmacovigilância à prática clínica é o estabelecimento de linhas abertas de comunicação e colaboração mais amplas entre profissionais da saúde e centros nacionais. Objetivando isto, o centro nacional ou os regionais necessitam da preparação para a comunicação em mão-dupla entre os profissionais de saúde e a equipe do profissional do centro seja efetiva. 

Assim, "os centros de farmacovigilância devem propiciar acesso imediato ao conhecimento clínico e compartilhar os recursos, até mesmo as bases de dados. Os materiais de comunicação desenvolvidos pelos centros de informações sobre medicamentos e intoxicação, com inclusão de boletins informativos e outras publicações, podem ser utilizados para disseminar alertas sobre medicamentos e outras informações de segurança de medicamentos aos diversos profissionais".

3 - Relacionando descobertas clínicas com pesquisa e política 

O estudo detalhado pode precisar eventos adversos de medicamentos, além de identificar características diagnósticas, síndromes ou mecanismos patogênicos."Embora a notificação espontânea seja o esteio da vigilância passiva, as informações obtidas são inerentemente limitadas e provavelmente insuficientes para a tomada de decisões clínicas e regulatórias".

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Referências:

Organização Mundial da Saúde. Departamento de Medicamentos Essenciais e Outros Medicamentos. A importância da Farmacovigilância / Organização Mundial da Saúde – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. (Monitorização da segurança dos medicamentos).

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