A enfermagem em atuação pré-hospitalar

A enfermagem em atuação pré-hospitalar

Com origem no período das guerras, quando os combatentes feridos necessitavam de assistência e de serem retirados dos campos de batalha, o atendimento de emergência e o emprego de transportes para locomoção aéreo ou terrestre foi concebido. A princípio a assistência se dava pelo emprego de transportes de tração animal, depois chegaram os sofisticados aparelhos e veículos de locomoção aéreo ou terrestre.

Segundo Rocha et al. (2003), "a emergência pré-hospitalar objetiva atender o cliente de forma sistematizada e prática, implicando, assim, necessidade de uma equipe multidisciplinar que promova um rápido atendimento e transporte do paciente a um centro de atendimento adequado à saúde".

No processo de emergência, a enfermagem deve dar prioridade de assistência conforme a avaliação preliminar, assegurando a identificação e o tratamento de situações que ameaçam a vida do paciente. Deste modo, o profissional de enfermagem necessita ter presente as habilidades de arte, conhecimento, emoção, sentido; que vivencie e compartilhe informações visando um processo rápido, preciso, ágil e eficiente ao prestar o seu serviço. Além do mais, necessita ser apto a prestar uma assistência globalizada ao ser humano e a família. 

O tempo de atendimento entre a ocorrência do trauma e os primeiros procedimentos possui fator crítico na saúde do paciente, por isso sua extrema relevância. Assim, como salienta Cunningham, "a primeira hora, imediatamente após o trauma, é um período em que a ressuscitação e a estabilização são consideradas mais benéficas para o paciente, a chamada golden hour".

No cenário brasileiro, os registros iniciais em torno do atendimento pré-hospitalar datam de 1893, ao Senado da República aprovar a Lei que estabelecia o socorro médico de urgência na via pública do Rio de Janeiro.

Conforme Santos et al. (1999), "um dos programas pioneiros de socorro extra-hospitalar aeromédico foi iniciado em 1988, pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, em associação com a Coordenadoria Geral de Operações Aéreas do Estado (CGOA). Sendo que este programa já efetuou 1.300 atendimentos de sua inauguração a julho de 1999".

Portanto, o serviço aeromédico no país, principalmente no cenário paulista está vinculado a Força Aérea Brasileira (FAB) e à Polícia Militar Estadual, atribuído ao resgate e salvamento, eventualmente realiza remoções secundárias, ou seja, inter-hospitalares.

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Referências:

ROCHA, Patrícia Kuerten; PRADO, Marta Lenise do; RADÜNZ, Vera; WOSNY, Antônio de Miranda. Assistência de enfermagem em serviço pré-hospitalar e remoção aeromédica. Rev. bras. enferm.,  Brasília ,  v. 56, n. 6, p. 695-698,  Dez. 2003 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672003000600022&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:  26 Ago. 2019.

Santos RR, Canetti MD, Ribeiro Júnior C, Alvarez FS. Manual de socorro de emergência. São Paulo: Atheneu; 1999. 369 p. il.

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