Psicofarmacologia

Psicofarmacologia

A introdução dos neurolépticos no tratamento das doenças mentais se iniciou no final da década de 50, configurou a chamada Revolução Farmacológica e colaborou para o desenvolvimento de internações sociais e psicológicas no tratamento dos doentes mentais. Estas intervenções influenciaram ainda as iniciativas de descaracterização do modelo asilar hospitalocêntrico até então destinado aos doentes mentais. 

Os pacientes psiquiátricos submetidos ao tratamento com neurolépticos apresentaram uma melhora dos sinais e sintomas, o que permitiu maior interação entre pacientes e profissionais da saúde. O impacto surpreendente do tratamento das doenças mentais com estes medicamentos foi momentâneo. Contrariando as esperanças de benefícios permanentes e estáveis, logo se constatou que as recaídas e consequentes internações tornaram-se frequentes. 

A permanência dos sintomas dificulta abordagens terapêuticas psicossociais, interação entre equipe de saúde e paciente, além de prejudicar a reintegração social do paciente. Mesmo considerando que as recaídas podem ser uma fase natural no curso da doença, e não adesão ao tratamento é apontada em vários estudos científicos como fator determinante do agravamento das doenças, estando intimamente ligada às recaídas. 

As consequências da recaída são diversas: a ruptura psicossocial; desajusta do ambiente familiar; necessidade de utilização de serviços de emergência, internação ou de maior número de consultas para o controle clínico; aumento do custo financeiro para os serviços públicos e para a família. Na prática clínica, é evidente e as sequelas do tratamento descontínuo e prolongado com consequentes recaídas são, muitas vezes, irreversíveis, O que evidencia a importância da adesão ao tratamento farmacológico na prevenção de recaídas no curso das doenças mentais, bem como na promoção de uma melhor qualidade de vida dos pacientes.

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