Os antimicrobianos na oncologia

Os antimicrobianos na oncologia

Dentre os avanços existentes na medicina está o desenvolvimento da quimioterapia, no século XX. A partir da identificação da atividade antibacteriana de sulfas e penicilinas permitiu-se com que se tenha novas concepções no combate de doenças infecciosas e, por consequência, uma melhora na qualidade de vida da população. 

Porém, diante da eficácia, adotou-se a percepção de que os antimicrobianos teriam a mesma utilidade em qualquer doença infecciosa, o que acabou acarretando em um emprego inapropriado dos medicamentos. Como consequência do uso indiscriminado, além das reações adversas, há a facilidade de proliferação de bactérias resistentes aos antibióticos. 

Por isso é importante o Uso Racional de Medicamentos, que é compreendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "aquele que maximiza os efeitos terapêuticos clínicos, enquanto minimiza tanto a toxicidade relacionada aos medicamentos quanto o desenvolvimento da resistência antimicrobiana". 

Com isso, deve ser prescrito um antimicrobiano que traga benefícios ao enfermo, dirigido adequadamente ao microrganismo e com doses e tempo de duração devidamente adequados. Assim, necessita obedecer os princípios aplicados nos demais medicamentos, obedecendo a menor toxicidade.

Se feito de forma correta, o procedimento é altamente eficiente, como é o caso da pesquisa de Farias (2007). em que a indicação do uso de antimicrobianos foi profilática em 81% dos casos, cujo explicação adotada é pelo fato da ser cirúrgia ser o procedimento mais adequado, e o tratamento de escolha para tumores sólidos localizados, como é o caso do câncer de mama e de colo.

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Referências:

Barbosa JAA, Belém, LF, Sette IMF, Farias TS, Pereira GJS, Silva-Júnior ED. Utilização de antimicrobianos em pacientes oncológicos hospitalizados. Rev Bras Farm, 2009; 90(1):69-74.

FARIAS, Tânia de Sousa. Utilização de antimicrobianos em pacientes hospitalizados. Campina Grande: Mestrado em Saúde Coletiva, UEPB, 2007.
 

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