A enfermagem e os cuidados com os idosos

A enfermagem e os cuidados com os idosos

Com o aumento da expectativa de vida da população automaticamente necessita-se que o sistema de saúde se adeque ao público idoso. Diante disso, os enfermeiros precisam se qualificar para atender a essas pessoas, até porque atualmente eles são os potenciais clientes dos hospitais, clínicas e laboratórios. 

A atuação da profissão neste segmento específico exige um cuidado ainda maior, pois a velhice é marcada por esquecimento, dificuldade de locomoção e, em alguns momentos, impaciência e dificuldade de compreensão dos fatos. 

Atuação do enfermeiro

Dentre as funções do enfermeiro estão as de cuidar, auxiliar, informar e educar para a área da saúde. Este cuidado está relacionado a interação com o paciente, mediante as suas necessidades e limitações. Porém, embora seja uma profissão cansativa ela exige um sentimento de amor e compaixão diária, já que o estresse e os problemas pessoais podem prejudicar a sua prática e o trabalho com os pacientes que apresentam situações críticas.

Entretanto, em muitos casos o especialista acaba se envolvendo com o idoso e seus familiares, apresentando a dificuldade em lidar com os seus sentimentos e sofrendo com casos de morte, abandono, dependências e tribulação no processo comunicativo. Além disso, a ausência de uma formação de base ou especializada em cuidar de pessoas idosas acaba por acarretar na incompreensão de suas necessidades.

As dificuldades

Outras dificuldades enfrenta o especialista, como é o caso do baixo estatuto social lhes atribuído, fazendo com que prefiram cuidar de jovens e/ou crianças. E como destaca Simkins (2007) e Ribeiro e Sousa (2008), assim como a população, os profissionais também apresentam imagens idadistas da velhice, mesmo diante dos programas de incentivo. 

Assim como salienta Carvalhais e Sousa (2007) e Ribeiro e Sousa (2008), entre as atitudes que comprovam o idadismo por parte dos enfermeiros estão:

1 - "disponibilizar, especialmente em ambiente hospitalar, poucas oportunidades às pessoas idosas para serem independentes (por exemplo, realizando a sua higiene pessoal);

2 - dar menos importância ao direito do idoso tomar decisões;

3 - subvalorizar as queixas, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de complicações;

4 - dar menor atenção às necessidades associadas à idade (por exemplo, diminuição da sensibilidade auditiva);

5 - estar menos preocupado e centrado na educação para a saúde".

O cuidado

Para a verdadeira efetivação de um bom envelhecimento é fundamental modificar os objetivos e a forma de cuidar, incluindo no rol de metas a promoção da qualidade de vida e apoio nas dificuldades e superações, como no caso da morte. O acolhimento se dá, portanto, mediante uma equipe multidisciplinar, envolvendo o atendimento de enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos etc.

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Referências:

Souza L; Ribeiro AP; Prestar cuidados de enfermagem a pessoas idosas: experiências e impactos.Saúde Soc. 2013. 3 (22), p.866-877

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