Psicologia e Segurança Pública

Psicologia e Segurança Pública

Atualmente, dentro do proclamado contexto de insegurança e incerteza pública, cada vez mais o psicólogo é convocado a atuar nas agências oficiais de manutenção da ordem e de promoção da segurança pública. Como se dá a inserção do psicólogo nesses espaços? Qual é o papel do saber do psicólogo nas atuais políticas de segurança pública?

A aliança da concepção positivista de Psicologia, que entende o saber psicológico como neutro e objetivo com os atuais mecanismos de segurança pública que atualizam concepções da criminologia, também de cunho positivista, que defende a existência de um "criminoso nato", uma ordem social naturalizada e mecanismos repressivos de enfrentamento, fortalece e legitima lógicas da criminalização e exclusão das classes populares.

É importante discutir o papel social e sua intrínseca com a manutenção de determinada concepção de ordem social, dando destaque às políticas criminais e de segurança pública atuais e, principalmente, a ajuda dos campos de saber que buscaram se legitimar como o discurso científico no âmbito criminal. Assim foi que, no século XIX, desenvolveram-se uma série de correntes que buscavam estudar as relações criminais baseadas no paradigma positivista de ciência, referenciado em um biologismo individualizante.

Esta Criminologia Positivista buscava uma causa explicativa da criminalidade, fundando-se um modelo que partia de um paradigma etiológico-causal, ou seja, tendo por objeto a criminalidade concebida como um fenômeno natural, que seria causalmente determinado determinado por certos fatores, assumindo com isso a tarefa de explicar estas causas segundo o método científico.

O crime devia ser entendido como uma realidade em si, como desvio ou enfermidade de uma sociedade entendida como "ordem" ou "corpo social" e, a partir da identificação das causas que produziriam o comportamento criminoso, atuar repressivamente sobre as mesmas de modo a prevenir novas ocorrências.

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