Psicologia em Urgência e Emergência

Psicologia em Urgência e Emergência

Os psicólogos que atuam no contexto hospitalar lidam diretamente com diversas reações frente ao adoecimento e a hospitalização que, ultrapassando a condição biológica, envolve uma dimensão psicossocial.

Pacientes que perguntam "por que eu?". Tal questionamento comumente repercute em sentimentos de raiva e depressão que afetam tanto o paciente quanto a família, interferindo, sem dúvida, em todo o percurso do tratamento.

Ser afetado por uma doença põe o indivíduo em contato direto com as duas maiores incertezas da vida: o sofrimento da doença e do morrer. O adoecimento por sua vez, traz a sensação de que, não se é, sequer, dono de si, do seu corpo, quebrando a linearidade da vida e das suas funções cotidianas. Na emergência esse desamparo é ainda mais escancarado, deixando às claras a fragilidade humana - física e psíquica.

Essa angústia do desamparo, atualizada nas situações de doença, muitas vezes torna-se paralizante, imobilizando e congelando nossa existência e nossa relação com o mundo. A vivência da hospitalização em uma unidade de emergência é reconhecida como uma situação-limite, onde qualquer pessoa que tem a sua capacidade adaptativa posta à prova podendo apresentar quadros de desorganização psíquica, picos de ansiedade, entre outros de significativa importância.

A família também, junto ao paciente, que está nas unidades de emergência vivenciam um verdadeiro momento de crise que engloba: o impacto de um diagnóstico inesperado, o medo, a ansiedade, o estresse. O psicólogo em situações como esta é o que escuta, ampara, protege e acolhe.

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