Novas tecnologias na tomografia computadorizada
A tecnologia está presente em vários espaços da sociedade e na radiologia não seria diferente, como é o caso da tomografia computadorizada (TC). Apresentada publicamente, em 1972, no Thorn Emi Central Research Laboratories (Inglaterra), por Allan Cormack e Godfrey Newbold Hounsfield, a TC é empregada de forma difundida na realização de imagens convencionais do crânio e das diferentes partes do corpo.
Além dos exames, a tomografia computadorizada é incluída em demais técnicas, como angiotomografias, perfusão cerebral e do corpo, segmentações automatizadas por meio da avaliação de lesões de pulmão, fígado, nódulo linfáticos e outros órgãos, dentre outras.
Tecnologia
Como salienta Gebrin, no ano de 1998 foi iniciada a comercialização de aparelhos de tomografia computadorizada "multislice" ou multidetectores com aparelhos de quatro fileiras de detectores, e foi quando a tecnologia recebeu aceitação médica. Após isso, surgiram aparelhos com 8, 10, 16 e 32 fileiras de detectores.
Os aparelhos atuais possuem como característica a apresentação de imagens (cortes) transversais de alto contraste radiográfico do corpo, o que lhes permite a reconstrução e apresentação em múltiplas projeções. Sua versatilidade e aplicabilidade em diferentes situações.
Gebrin destaca que em conjunto com os conhecimentos do pós-processamento de imagens, a tomografia computadorizada permite inúmeros avanços nos diagnósticos, como é o caso do coração. O órgão, por meio da técnica aprimorada pode ser avaliado não apenas na perspectiva anatômica assim como também da funcional. As aplicações na angiotomografia também são distintas e ela, "nas afecções abdominais, tem se mostrado importante instrumento no planejamento pré-operatório de transplantes e tumores hepáticos, pancreáticos e renais, permitindo o adequado mapeamento das artérias e veias, bem como a avaliação de sua invasão nos casos de tumores".
Contudo, mais do que todas as aplicações desenvolvidas, essa tecnologia tem feito a imposição de uma nova revolução no fluxo de serviço e na dinâmica de trabalho das pessoas envolvidas no trabalho no local em que o aparelho está inserido. Assim, a capacitação operacional para o uso da tecnologia é de suma importância ao seu funcionamento, envolvendo o processo de visualização das imagens adquiridas, o arquivamento a curto e longo prazo dos exames, documentação e transferência das imagens para o médico solicitante do exame.
Especialização em Tomografia Computadorizada e Imagem por Ressonância Magnética.
Referências:
GEBRIN, Eloísa M.M. Santiago. Incorporação de novas tecnologias em tomografia computadorizada. Radiol Bras, São Paulo , v. 37, n. 1, p. iii-iv, Fev. 2004 . Disponível em: