Combate a resistência bacteriana

Combate a resistência bacteriana

No decorrer das últimas décadas, o desenvolvimento de fármacos eficientes no combate a infecções bacterianas revolucionou o tratamento médico, ocasionando a redução de mortalidade causada por doenças microbianas. Por outro lado, a disseminação do uso de antibióticos lamentavelmente fez com que as bactérias também desenvolvessem defesas relativas aos agentes antibacterianos, com o consequente aparecimento da resistência.

O fenômeno da resistência bacteriana a diversos antibióticos e agentes quimioterápicos impõe sérias limitações às opções para o tratamento de infecções bacterianas, representando uma ameaça para o tratamento de infecções bacterianas, representando uma ameaça para a saúde pública. Esta resistência prolifera-se rapidamente através de transferência genética, atingindo algumas das principais bactérias Gram-positivas, como enterococos, estafilococos e estreptococos.

O uso extensivo de penicilina após a Segunda Guerra Mundial desencadeou o surgimento das primeiras cepas de bactérias Gram-positivas não susceptíveis a antibióticos penicilínicos, conhecidos como PRSP ("penicillin-resistant" Streptococcus pneumoniae). Da mesma forma, os antibióticos lançados no mercado nos anos seguintes, como os análogos penicilínicos meticilina e cefalosporina, além de tetraciclinas e eritromicinas, aos poucos foram se tornando limitados, devido ao desenvolvimento da resistência múltipla em cepas de enterococos e estafilococos infecciosos.

A última linha de defesa contra a ameaça do Staphylococcus aureus surgiu a partir da descoberta do antibiótico glicopeptídico vancomicina, isolado do fungo Amycolatopsis orientalis pelo grupo Eli Lilly, em 1956. Com o nome originado da expressão inglesa "to vanquish" (aniquilar, destruir), vancomicina tornou-se quase uma lenda devido a sua excelente performance frente a cepas de S. aureus resistentes à meticilina, conhecidos por MRSA ("methicillin-resistant" S. aureus).

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