Avaliação neuropsicológica em idosos
Em países desenvolvidos, a Doença de Alzheimer (DA) é a terceira causa de morte, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e para o câncer. É responsável por mais de 50% dos casos na faixa etária igual ou superior a 65 anos.
O declínio cognitivo, caracterizado da doença de Alzheimer, não afeta apenas idosos com a doença. O próprio processo de envelhecimento natural do homem é caracterizado pelo declínio de diferentes funções cognitivas, como atenção, aprendizagem e comunicação. Com o avanço da idade, o cérebro sofre diferentes alterações morfológicas, dentre as quais diminuição no peso e no volume, perda neuronal seletiva e baixa resistência.
Por essa razão, a memória e outras funções cognitivas sofrem uma degradação com o decorrer dos anos, sendo difícil muitas vezes especificar se o declínio havido está dentro do normal ou é mais acentuado do que é esperado. Nestes casos, avaliações neuropsicológicas são úteis não apenas para quantificar o grau de um possível declínio, mas também para identificar o grau de demência, ou, mesmo, de outros transtornos, como os depressivos.
A identificação e diagnóstico precoces auxiliam não apenas no tratamento, mas também na evolução e prognóstico do caso, contribuindo para uma maior qualidade de vida, não só para o indivíduo, mas também para seus familiares. O diagnóstico precoce, pode, em alguns casos, reverter o processo e, em outros, amenizar suas consequências. A utilização de avaliações neuropsicológicas tem se mostrado eficiente tanto no estabelecimento como na confirmação de diagnóstico.