A importância de preservar o local do crime

A importância de preservar o local do crime

Quando ocorre algum crime, seja ele homicídio, latrocínio, extorsão mediante sequestro tendo como resultado a morte, ou até mesmo em casos de suicídio ou qualquer outro tipo de morte com característica suspeita, uma das primeiras ações é isolar o local do acontecimento. Geralmente, ao ser identificado o fato, a polícia, a ambulância e, caso haja vítimas fatais, o IML são imediatamente contatados. 

A cena de isolamento, comum na vida real assim como na ficção, tem como principal propósito garantir a integridade do espaço, objetivando colher os vestígios que irão permitir captar os elementos necessários para a investigação. Com a preservação da materialidade do delito, o conhecimento e trabalho harmônico entre os profissionais, no intuito de assegurar o êxito nas investigações futuras, a perinecroscopia é o ponto de partida nas investigações.

Como funciona a perícia criminal? 

Considerando que, assim como cita a Constituição Federal, em seu artigo 144, parágrafo 4º, é responsabilidade das polícias civis as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações criminais. Portanto, lhes é cabido as apurações com a realização da perícia, que na grande maioria inicia no próprio local do crime, ao se tratar de crimes não transeuntes, que são os que deixam vestígios. 

Após a chegada da autoridade policial (geralmente o delegado de polícia, que representa a polícia judiciária) ao local de crime, como elucida o artigo 6º do Código de Processo Penal Brasileiro, o policial militar que atendeu a ocorrência transmitirá as informações do local a este, preservando a área até a chegada dos peritos.

Assim que toda a equipe estiver presente, o perito executa o exame perinecroscópico, que nada mais é do que a análise externa do cadáver e do que está ao seu redor. O perito criminal chefia a equipe e, junto com ela, observam, anotam detalhes e vestígios que permitam remontar o quebra-cabeça do delito. 

As informações encontradas são colhidas com acessórios disponíveis: luvas, medidores, marcadores de provas (placas numeradas), luzes forenses (que indicam a presença de material biológico, como resquícios de sangue), kit esterilizado para coleta de material biológico, lupas e pincel para revelar impressões digital. 

O datiloscopista é o profissional responsável por detectar e coletar "impressões latentes" e o fotógrafo forense registra as cenas para a construção do relatório final e para auxiliar na reconstituição do crime. 

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