Você sabia que a resistência aos antibióticos faz mal não apenas a aqueles que o mal administram? E mais, tem conhecimento que existem medidas simples que podem inibir a propagação das bactérias? Pensando nisso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem priorizado a conscientização e compreensão acerca do assunto, mediante a comunicação, educação e treinamentos efetivos.

As bactérias são organismos microscópicos, invisíveis ao olho nu, somente por microscópio, daí o nome micróbio ou micro-organismo. Entretanto, ainda que de tamanho pequeno e compostas por uma única célula, elas multiplicam-se de forma veloz por divisão simples. 

Presentes em múltiplos locais, seja no ar, na água, no solo, nos objetos, na comida e até mesmo em nosso corpo, as bactérias causam diferentes tipos de doenças que estão o tempo todo se renovando e, por isso, necessitam da devida atenção. 

Os antibióticos

Os antibióticos são um tipo de medicamento criado para destruir ou inibir o crescimento das bactérias. Decorrente disso, eles acabam contendo as doenças ocasionadas por essas substâncias, sem causar prejuízos ao paciente. Seu uso não é limitado ao ser humano, podendo ser consumido por animais e ser empregue na agricultura e na veterinária. 

Em síntese, os antibióticos combatem as bactérias e não os vírus. O medicamento específico é designado conforme cada tipo de infecção e apenas o médico pode designar qual é o melhor e a maneira mais eficaz e segura de consumi-lo. 

Ainda assim, existem bactérias que resistem à destruição por meio do antibiótico e  não morrem, se fortalecendo na geração de outras. Dentre estas há as "superbactérias", título popular concedido às bactérias multirresistentes, sólidas a diversos tipos de antibióticos. O tratamento delas se limita a pouquíssimos antibióticos eficazes. 

A resistência

A utilização excessiva de antibióticos em hospitais e na população como um todo, sem a respectiva prescrição e o acompanhamento médico, assim como a interrupção indevida ou mau administração do medicamento podem ocasionar  a resistência bacteriana. Isso se dá de duas formas: aleatória, mediante as alterações no material genético bacteriano; ou apoderando-se de um material genético externo, seja de demais bactérias ou vírus.

A transmissão, em sua maioria, se dá via contato pelas mãos; nas camas dos pacientes, paredes e instrumentos, em hospitais; transportes públicos; mercados; praias; parques; entre outros. É crucial, portanto, a higienização adequada das mãos, a limpeza e higienização dos locais e, também, o uso apenas se necessário de antibióticos.

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Referências:

Aires, Caio Augusto Martins. Resistência bacteriana aos antibióticos: o que você deve saber e como prevenir / Elaborado por Caio Augusto Martins Aires, Marise Dutra Asensi; colaboradores: Natália Maria Lanzarini, Bruno Gouveia Motta, Polyana Silva Pereira; programação gráfica e ilustrações: Walter Jr, Fátima Valadão; revisão técnica: Ana Paula D’Alincourt Carvalho-Assef, Cláudio Marcos Rocha-de-Souza. – Rio de Janeiro : IOC/Fiocruz, 2017. 15 p. : il., mapas ; 20 cm.