O Farmacêutico no processo da imunização

O Farmacêutico no processo da imunização

O farmacêutico é um dos profissionais da saúde que está inserido dentro do processo da imunização. Segundo os profissionais da Célula Farmacêutica de Imunização do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF/PR), o seu papel "envolve a pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas, transporte, armazenamento, qualificação de fornecedores, calibração de equipamentos (câmara fria e termômetros), aplicação, descarte de resíduos e acompanhamento pós-vacinal dos possíveis eventos adversos".

Esse especialista possui uma função importante, pela necessidade de estar apto a sanar as dúvidas e tranquilizar os medos dos pacientes, esclarecendo os benefícios e riscos das vacinas com informações fundamentadas. "As vacinas não protegem apenas o indivíduo que as recebeu, mas a população como um todo. Como grande parte das doenças preveníveis com vacinas são transmitidas de uma pessoa para outra, um indivíduo infectado pode transmiti-la para outros que não estejam imunes. Já quem recebeu a vacina e adquiriu imunidade não irá transmitir a doença. Portanto, quanto mais pessoas estiverem vacinadas, menor a chance de as doenças se espalharem", destaca Dr. Jackson Rapkiewicz, Gerente Técnico-Científico do CRF-PR.

Porém, com o crescimento das doenças epidêmicas e as altamentes contagiosas, como é o caso do sarampo, além da elevação nos números de pessoas que se recusam a vacinar, decorrente da ausência de conhecimento ou das notícias falsas publicadas nas redes sociais, presenciamos surtos de algumas que já haviam sido erradicadas.

No entanto, esse levante antivacina não é novidade. No início do século XX, por exemplo, tivemos o período conhecido como Revolta da Vacina, quando o governo legitimou a imunização obrigatória como medida de combate à varíola. E mais recentemente tem atingido a população brasileira novamente com o compartilhamento de vídeos e matérias falsas.

É importante salientar que a vacina existe para proteger o organismo dos vírus e bactérias que ocasionam as doenças. Ao receber a vacina, o corpo do indivíduo detecta o antígeno e produz um mecanismo de defesa que permanece no organismo e o previne de se contagiar pela doença no futuro, o que denominamos como imunidade. 

"Hoje, o Brasil conta com técnicas modernas para produzir vacinas em diversos laboratórios, atendendo todo o processo de qualidade de produção exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns derivados, podendo ser aplicadas por meio de injeção ou por via oral. O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, criado em 1973, disponibiliza mais de 300 milhões de doses de vacinas por ano para os estados e municípios visando à imunização de crianças, adolescentes, adultos e idosos".

Portanto, a vacina é considerada uma das medidas de saúde mais bem sucedida e, também, é ela a grande responsável pelos números de redução da mortalidade e morbidade infantil e adulta, além do mais o aumento na expectativa de vida e crescimento populacional. 

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Referências:

Panorama Farmacêutico. Farmacêutico desempenha papel fundamental na imunização. Disponível em: https://panoramafarmaceutico.com.br/2018/09/21/farmaceutico-desempenha-papel-fundamental-na-imunizacao/. Acesso em: 27 ago. 2019.

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