Cuidados paliativos em idosos

Cuidados paliativos em idosos

Existem evidências de que o envelhecimento celular humano torna o organismo mais suscetível a doenças. Nessas condições, o rebaixamento da viabilidade orgânica eleva o grau da vulnerabilidade do indivíduo. Um dos objetivos mais nobres da intervenção de um profissional que lida com o envelhecimento é cuidar da pessoa idosa e protegê-la.

Idosos apresentam maior prevalência de doenças cronicodegenerativas para as quais não existe tratamento curativo e que podem prolongar-se por tempo indeterminado, como nas situações de câncer, demência, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, fragilidade e outras. Todas são indicações de uma abordagem paliativa.

Cuidados Paliativos e Geriatria mantém entre si uma evidente aproximação conceitual. A Geriatria, por excelência, aceita de uma forma mais natural a finitude do ser humano a partir da observação direta do paciente em seu processo de envelhecimento. O declínio funcional, a fragilidade e a falência orgânica decorrem de intenso e irreversível catabolismo característico da fase avançada das doenças cronicodegenerativas comuns em idosos e constituem indicações manifestas e elegíveis de cuidados ao fim da vida.

Tanto a abordagem geriátrica quanto a paliativa enfocam o cuidado na pessoa e não na doença, reconhecendo a inserção da família nesse processo. Centram-se no conhecimento da biografia e no respeito à autonomia da pessoa. O paciente geriátrico deve receber um acompanhamento processual desde o momento em que sua independência está preservada, seguindo-se durante as situações de dependência e vulnerabilidade, expandindo-se até a sua morte.

O propósito da Geriatria coincide com aquele dos Cuidados Paliativos: maximizar a capacidade da pessoa, visando acima de tudo alívio e conforto.

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