Imuno-hematologia aplicada

Imuno-hematologia aplicada

A imuno-hematologia constitui uma especialidade dentro da imunologia. Sua inclusão de forma mais específica na formação de técnicas de laboratório é de grande relevância para os laboratórios clínicos e para a medicina  transfusional, um segmento da hemoterapia.

É um estudo dos antígenos presentes nas hemácias (heritrócitos), dos anticorpos a eles correspondentes e de seu significado clínico. A descoberta dos primeiros grupos sanguíneos A, B e O, em 1901, pelo médico austríaco Karl Landsteiner, foi o marco entre a era empírica e a era científica na história da hemoterapia.

O início da era científica possibilitou a descoberta de outros antígenos de grupos sanguíneos, utilizando-se o método sorológico para detectar aglutinação direta decorrente da reação antígeno-anticorpo. A compreensão da imuno-hematologia eritrocitária depende do conhecimento multidisciplinar em genética, imunologia e bioquímica, para apoio básico indispensável aos laboratórios de diagnóstico e, principalmente, aos serviços de hemoterapia.

A qualidade da imuno-hematologia na execução dos exames imuno-hematológicos - como tipagem sanguínea, prova de compatibilidade, pesquisa e identificação de anticorpos irregulares, entre outros - e na correta utilização do soro antiglobulina humana é fundamental para o diagnóstico da doença hemolítica perinatal, da anemia hemolítica autoimune e da conduta transfusional nos transplantes ABO e/ou Rh incompatíveis, contribuindo para a segurança transfusional.

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