Com um aumento dos casos de câncer no país, aumenta também a parcela de pacientes que necessitam de tratamento farmacológico, ou seja, utilizam hormônio ou quimioterapia, além de outros fármacos que podem ser usados para o tratamento paliativo, como anti-inflamatórios, antidepressivos, entre outros.

Diante da necessidade de tratamento farmacológico, tão necessário quanto a disponibilidade do medicamento é o acompanhamento farmacoterapêutico.

Dessa forma, é possível identificar mais precocemente a escolha de outro fármaco para o tratamento dos pacientes - decisão essa que deve ser tomada juntamente com o médico.

Vários são os métodos para que seja feito um acompanhamento eficaz com pacientes oncológicos na farmácia:

- Certifique-se de que o paciente fez uma consulta com o médico inicialmente;

- Liste os medicamentos prescritos e os mantidos;

- Avalie as possibilidades de interações medicamentosas, uma vez que esses pacientes podem ser polimedicados;

- Oriente sobre a melhor forma de uso quanto ao horário de tomada, principalmente para os medicamentos de uso oral;

- Esclareça ao paciente sobre os eventos adversos possíveis de surgimento e inerentes ao medicamento em uso;

- Evidencie que a questão dos possíveis eventos adversos deve ser tratada com o farmacêutico, pois, em muitas situações, o paciente abandona o tratamento ou altera a posologia por conta própria, deixando de tomar alguma dose do dia;

- Explique que podem surgir problemas inesperados;

- Peça, neste caso, que ele retorne, já que é fundamental o farmacêutico estar inserido nesse processo;

- Esteja alinhado com o método prescritor, pois assim terá condições de discutir sobre alguns achados relatados pelo paciente, para que possam tomar a melhor conduta, sempre com o foco na segurança do paciente.